domingo, 13 de março de 2011

Lições da jovem senhora

Eu estava me devendo "Ensina-me a viver". Eu estava me devendo Glória Menezes. Eu estava me devendo assistir a uma superprodução num teatro bonito. Eu estava me devendo uma história de comer com os olhos - o amor entre um adolescente suicida, obcecado pela morte, por uma senhora de quase oitenta anos, que adora viver.

Fiquei o dia inteiro ansiosa feito criança, arrumada e maquiada muitas horas antes de sair de casa. Sem explicação racional, nunca faço isso! Só depois de toda a catarse fui entender o motivo da minha agitação: vi um espetáculo que é uma verdadeira ode à liberdade da alma. "Eu não sei por que os seres humanos gostam tanto de gaiolas!", diz Maude, personagem de Glória.

Tem tanto essência que não é à toa que o livro virou filme que virou peça. Acho que todo mundo deveria se dar esta experiência. Tudo é impecável: a história, o cenário, o figurino, o elenco, o trabalho de corpo dos atores, o teatro, a encenação... Um presente aos sentidos!

Este aqui é o site da produtora: http://www.primeirapaginaproducoes.com.br/. Lá tem toda a ficha técnica, algumas fotos e os comentários dos críticos. 

***

Adoro frases e diálogos! Sempre presto atenção neles:

Harold - Deus existe?
Maude - Pelo menos dois... Um dentro de nós para saber de onde viemos e outro fora para saber para onde vamos!

O teatro nunca se deixa guardar!

O coração que não desiste nunca envelhece!

Gostou? Assista aqui ao trailer. E não perca a temporada popular que vai até o dia 27 de março no Teatro das Artes (Shopping Eldorado), a R$ 30. Está em cartaz há três anos e meio e costuma ser bem mais caro. Então aproveite!


Não consigo deixar de ser tiete. A última vez que vi Glória foi na platéia de Policarpo Quaresma. Ela e o maridones - casal chique de dar inveja - sentaram atrás de mim. Fiquei lá quietinha, congelada de nervoso. Não tive coragem nem de pedir uma foto. Quer tietagem maior? 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Teatro é carnaval

Sou do tipo de pessoa que tem preguiça no carnaval. Não do carnaval, mas no carnaval. Geralmente não entro na agitação louca, faço programas leves, mas gosto de saber que meu país está em festa, colocando cultura na rua.

No ano passado, nessa de deixa a vida me levar, acabei parando no cortejo do bloco Ilu Oba de Min, formado só por mulheres, que tocam sons africanos usando instrumentos de percussão. Lindo de morrer! E estava muito bem acompanhada pelos meus amores Thiago e a Nathaly.

No mesmo evento, assistimos também a uma peça de rua chamada O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado, da Companhia São Jorge, que se misturou com o bloco. O dia foi daqueles deliciosos que a gente não esquece jamais.

Lá, a Nathaly teve uma ideia genial que infelizmente não foi para frente: um blog sobre teatro chamado Re-Thi-Na, referência aos olhos e às iniciais dos nossos nomes. Nós três seríamos os responsáveis.

Embora não tenha dado certo, o Thiago fez um post lindo, que foi o primeiro, o último e o único, uma declaração de amor a nós e a este dia.

Este ano, a festa se repete. É bonita, é de graça, é popular, é colorida, é musical, é humana para caramba. Não sei se a peça rola de novo. Ou se eles vão apresentar outra, que pode ser uma ótima surpresa, mas o bloco estará na rua. 

Foto de divulgação.

Vai lá, vai... Com certeza vamos nos encontrar!

Saída às 16h da sede do Ilú Obá De Min, Alameda Eduardo Prado, 342. Chegada e confraternização na sede da Cia São Jorge, Rua Lopes de Oliveira, 342 - Barra Funda.

E bom carnaval!